Eletrofiação

       A eletrofiação (electrospinnig) é um processo relativamente simples e versátil utilizado para produzir membranas constituídas de fibras de uma ampla variedade de polímeros, com diâmetros que variam de 10 nanômetros (nm) até 10 micrometros (µm) e comprimento que pode chegar a quilômetros, com alta área de superfície, notável porosidade, alta permeabilidade e elevada flexibilidade estrutural. No processo de eletrofiação, um elevado campo elétrico (aproximadamente 1 kV.cm-1) é aplicado à seringa pela qual o polímero é alimentado. Quando o campo elétrico aplicado sobrepõe a tensão superficial e as forças viscosas da gota, um jato carregado da solução polimérica é ejetado. Durante o trajeto até o coletor, o jato exibe regiões de instabilidade, o solvente evapora e fibras sólidas são depositadas no coletor.

      Devido à versatilidade do processo de eletrofiação, uma ampla variedade de materiais pode ser utilizada para o desenvolvimento de membranas poliméricas constituídas de fibras eletrofiadas. Um pré-requisito para que o polímero possa ser eletrofiado é que ele seja solúvel em solvente orgânico. No entanto, o processamento de soluções poliméricas contendo diferentes tipos de cargas também pode ser realizado. Compósitos poliméricos contendo como fase dispersa partículas em escala nanométrica são normalmente processadas por esse método. Pode-se citar como exemplo, nanotubo de carbono, grafeno, polímeros condutores, negro de fumo e uma grande variedade de fármacos.